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Que edição lindíssima! Fiquei muito curiosa pra ler esse livro! <3
A Guerra que me Ensinou a Viver é a continuação do livro a Guerra que Salvou a Minha Vida, que foi ganhador de diversos prêmios e adotado em várias escolas dos EUA, escrito pela Kimberly Brubaker Bradley. Seu primeiro livro foi um sucesso de vendas aqui no Brasil e no início de fevereiro a editora Darkside relevou que poderíamos nos encantar novamente com a nossa amada Ada. Lançado no dia 27 de fevereiro de 2018 no Brasil, a Guerra que me Ensinou a Viver faz parte da coleção Darklove, linha da editora dedicada a publicar romances escritos por mulheres. Com a continuação da história a autora quis chamar a atenção também para crise dos refugiados, que já afetou milhares de famílias.
A Guerra que Me Ensinou a Viver transborda amor e emoção
Na história vemos que Ada sofreu muito com a rejeição da mãe, e isso com certeza deixou marcas na personalidade da menina. Em A Guerra que me Ensinou a Viver, ela descobre que o problema que tem no pé tem solução e recebe o apoio necessário para realizar uma cirurgia, para enfim conseguir andar sem sentir extrema dor. A alegria de Ada e ao mesmo tempo a tristeza quando ela percebe que sofreu todo esse tempo por algo que tem solução e não foi assim tão difícil, é de encantar e cortar o coração ao mesmo tempo. Nesse livro temos personagens mais maduros e mais íntimos do leitor, mostrando pouco a pouco mais de suas trajetórias e explicação do porquê agem de determinada maneira.
Ada está mais velha, assim como seu irmão. Seu desafio é amadurecer enquanto aprende sobre infinitas coisas. Eles moram com Susan, sua guardiã legal em um chalé, já que a casa que moravam antes foi destruída pelas bombas da guerra. Na continuação da história, é notório como a autora deu mais ênfase em, ao mesmo tempo que contava o avançar da vida da Ada, nos levar ao universo daquelas pessoas que estavam vivendo sob uma guerra delicada. Racionamento de comida, medo de bombardeios, temer pelas pessoas que gosta e querer que a guerra termine a qualquer momento é o sentimento que predomina na vida dos personagens. Ao mesmo tempo, eles precisam aprender a viver em meio ao medo da guerra e controlar os pensamentos sobre acontecer o pior.
Temos uma nova personagem na história, Ruth, uma adolescente alemã e judia levada à casa de Susan para aprender matemática e passar em Oxford. Apesar da desconfiança inicial, pouco a pouco vamos entendendo o propósito da personagem na história. O amor pelos cavalos é novamente colocado em prática, onde vemos uma Ada mais corajosa e destemida ao galopar. Nossa invencível Ada passa por vários desafios durante o livro, além da própria guerra externa, ela aprende a viver em meio a sua própria guerra: a ter amor próprio, acreditar que ela não vai mais ser humilhada por causa do seu pé e principalmente que pode se deixar ser cuidada.
"Eu me tornei quem eu queria ser".
A Guerra que me Ensinou a Viver reflete o estilo de escrita da Kimberly , com capítulos curtos e escrita fluída. Possibilitando novamente a total imersão na história em pouco tempo. As páginas passam muito depressa, quando percebi que cheguei ao fim queria começar a ler tudo novamente. A edição está ainda mais linda (é possível, sim!). Capa dura, páginas amarelas e os detalhes em cada parte da edição física chegam para encantar o leitor e traduzem toda a ternura que a autora passa ao contar essa história.
Posso dizer que a continuação está ainda melhor que o primeiro livro. Assim como a Ada, eu também enfrentei muitas batalhas por algo físico que me incomodava além da estética. Assim como Ada eu pude consertar isso no ano passado. E é incrível como eu me identifiquei demais com ela por essas circunstâncias. Eu e Ada tivemos uma chance de amenizar e consertar algo que nos incomodava e atrapalhava. É claro que eu deixei rolar algumas lágrimas ao avançar da leitura. A escrita é de extrema delicadeza e traz lágrimas e sorrisos ao avançar das páginas. Em nota o The New York Times diz que o poder deste de A Guerra que Me Ensinou a Viver é descrever que é possível não apenas viver através da dor, mas viver com ela. E eu não poderia concordar mais.
Título: A Guerra que Me Ensinou a Viver
Autor: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: Darkside
Gênero: Ficção / Jovem Adulto
Páginas: 280
Ano: 2018
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O poder deste livro é descrever que é possível não apenas viver através da dor, mas viver com ela.”
No spotify a Darkside sempre monta playlists especiais para cada livro. Você pode ouvir a playlist dos dois livros logo abaixo:
Ah, vocês podem conferir outras resenhas já feitas aqui no JDS clicando aqui.