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Marcela
Tiss, que texto incrível! Tão bom te ver focada e determinada assim. Isso faz um bem danado pra gente. Você me inspirou. Obrigada!
2020 me trouxe novos hábitos e, como faz muito tempo que eu não apareço por aqui, queria escrever sobre para comentar o quanto eles estão me ajudando a enfrentar esse período de pandemia. Então, vamos lá! 🙂
No início do ano, após uma consulta médica, eu decidi que era hora de fazer atividades físicas. Coloquei no Trello o card "procurar por academias" e descobri que existia uma bem próximo ao meu trabalho. Fui até lá, fiz três aulas práticas como teste e decidi que ia me matricular. Por quase um mês, começava mais cedo no trabalho para sair e ir direto para a academia.
Pesquisando sobre como inserir novos hábitos à rotina, eu segui a metodologia de gatilho e recompensa, conseguindo me manter fiel e ir para a academia nos dias que me comprometi. Aqui, é preciso fazer um parêntese: eu nunca achei que era boa para fazer atividade física. Minha coordenação motora não era das melhores e eu tinha dificuldade para executar o movimento correto. Isso desde muito nova, a matéria que eu menos gostava no colégio era educação física.
Porém, um dos meus lemas para 2020 é "eu não sei, mas posso tentar" e incorporei isso à atividade física. O professor dizia para não me cobrar tanto porque eu estava aprendendo e, aos poucos, tudo foi fazendo sentido. Eu melhorava um pouquinho a cada dia.
Até que na metade de março, o coronavírus chegou com força ao Brasil e, aqui em Santa Catarina, o governador decretou o fechamento de diversas atividades comerciais, incluindo academias. E agora? Será que todo o progresso de se habituar aos exercícios seria perdido?
Por sorte, meu professor criou um grupo para os alunos e começou a passar treinos para fazer em casa. Sim, estávamos num contexto de pandemia, quarentena e isso afeta a saúde mental de todos. Eu decidi que não ia me cobrar demais, porém sabia que, sem sair de casa, fazer os treinos era a forma de acalmar a ansiedade.
Ao longo dos dias, treinar foi se tornando um hábito. Óbvio que em alguns dias eu não estava motivada, mas a disciplina continuava. Alguns dias eu não estava tão bem e o treino não rendia tanto, no entanto, aprendi a não me cobrar em excesso.
Mesmo com as academias funcionando normalmente agora, eu ainda treino em casa, agora com outro professor e com exercícios rápidos, porém intensos e adaptados à minha realidade. Hoje, fazer exercícios físicos se tornou parte da minha rotina.
Lembra que fazer exercícios físicos era parte do meu objetivo do ano? Então, a alimentação saudável também estava nesse pacote. Eu tenho SOP (Síndrome de Ovários Policísticos) e a sentença da ginecologista foi clara: para evitar complicações de saúde no futuro, como diabetes tipo 2, eu precisava me alimentar melhor.
Então, aos poucos, eu fui adaptando a minha alimentação e aprendendo a me alimentar melhor. Não foi fácil e isso envolveu bastante terapia. Com a melhora na alimentação e treinando todos os dias, o resultado de emagrecimento (que sim, também era meu objetivo, não serei hipócrita em negar), começou a aparecer.
Em junho, participei de um programa de 21 dias sobre alimentação saudável e atividade física que, além de ensinar a fazer boas escolhas alimentares e a lidar com o alimento, também falou muito sobre os tipos de fome e o quanto o mental influencia nesse processo.
Após isso, marquei uma consulta online com a nutricionista desse programa e foi incrível. Ela entendeu as minhas necessidades e fez um cardápio acessível. Então, incorporei ainda mais a diminuição de carboidratos refinados e aprendi novas receitas e comecei a gostar de comer salada.
Dessa mudança de hábito, eu ganhei uma nova habilidade: cozinhar. Para não enjoar na reeducação alimentar, a chave é variar os ingredientes e testar novas receitas. Sendo assim, é exatamente isso que eu estou fazendo. Para quem só sabia fazer torta de bolacha na cozinha, eu cada vez mais aprendo novas receitas: bolo de cenoura, strogonoff de frango, panqueca ao molho branco, panqueca de banana e por aí vai. E o melhor? Todas receitas são adaptadas e saudáveis.
Com isso, o resultado físico (medidas e emagrecimento) ficou ainda mais evidente. Além disso, eu percebo que nutrir o meu corpo com coisas que não façam mal para ele (antes de melhorar a minha alimentação, eu vivia inchada e com problemas intestinais) se torna um hábito cada vez frequente e que eu aprendi a lidar melhor com a comida. Surgiu a vontade genuína de comer algo não tão saudável? Faz sentido e vai me deixar melhor? Eu como sem culpa e depois sigo com a reeducação.
O terceiro e último hábito desse post é a meditação. Num cenário de pandemia, principalmente no início dela, eu tive muita ansiedade. Vivia com medo e não conseguia me concentrar direito. A terapia, então, ajudou a incorporar o hábito da meditação.
Todos os dias de manhã cedo, após tomar café, eu medito e deixo o meu corpo e mente aproveitarem o momento presente. O aqui e agora. No começo parece não fazer sentido e eu achava que tinha algo errado em não conseguir ficar sem pensar, porém depois eu entendi a chave da prática: eu não deveria ficar sem pensar, mas sim imaginar os meus pensamentos como folhas no riacho, que vem e vão.
Praticando a meditação todos os dias, a habilidade de encarar meus pensamentos como folhas no riacho vão além do momento da prática. Às vezes, percebo a minha mente indo para cenários ruins e consigo fazer esses pensamentos passarem pelo riacho e volto ao momento presente.
Além disso, há três semanas estou fazendo aulas de yoga pelo canal da Pri Leite. Eu decidi incorporar esse novo hábito porque tinha curiosidade sobre a prática e também porque sabia que isso ia me fazer bem. A verdade é que eu estou amando. Ela é uma excelente professora e, mesmo que eu ainda seja bem iniciante nessa atividade, tem sido muito prazeroso.
Bom, por hoje é só, até porque esse post já ficou gigante. Sinceramente, não sei se vocês lerão até o final, mas eu estava com muitas saudades de escrever algo leve. 🙂
E vocês? Como estão encarando esse ano meio doido? Me contem como vocês estão e se cuidem. 💛
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Tiss, que texto incrível! Tão bom te ver focada e determinada assim. Isso faz um bem danado pra gente. Você me inspirou. Obrigada!